France de mes rêves e vocabulário enferrujado.
Por esses dias, quando a chuva aparece por aqui, sinto-me sendo transportada para outros lugares... Aqueles lugares em que sempre quis estar, mas que não acho ser possível conhecer nessa vida.
Ir ao ponto mais alto de Notre-Dame e apreciar os franceses e turistas caminhando despreocupadamente... Acho que os franceses e ingleses são os mais despreocupados quando andam pelas ruas. Mesmo quando estão atrasados, caminham sempre como se dessem apenas um passeio. Uh, não os culpo. Com tanta coisa linda para se ver, por que a pressa? Não, não existe o verbo "ver" em seu vocabulário... apenas o verbo "apreciar".
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Catedral de Notre-Dame (França). |
Ou quem sabe, sentar-me em um pequeno restaurant, no Quartier Latin, pedir une verre de vin (suave, s'il vous plâit), sendo, talvez, a única pessoa não fumante, enquanto tento me esquivar disfarçadamente das fumaças das dezenas de cigarros ao meu redor.
E ainda pisar no point zero des routes de France, fazer um pedido gracioso e esperar em uma das inúmeras pâtisseries, me acabando de comer as delícias nunca experimentadas por meu humilde paladar, pela realização de meu desejo.
Point zero - do qual todas as distâncias da França são medidas. |
Não! Não me acordem!!! |
E um passeio pelo Jardin du Luxembourg... Ah, já me sinto parte da nobreza francesa... Exceto a parte daqueles vestidos que mais pareciam bolos de casamento, com os decotes mais ousados da Europa e a guilhotina. Ah, mas posso fingir ser Lilienne, criada da amante de um dos homens mais cobiçados da França, que se casa com ele para livrá-lo da guilhotina. Então, ambos migram para a América, apaixonam-se de verdade e vivem felizes para sempre! Oh, Céus, o que a magia da França não faz...
Jardin du Luxembourg |
Depois desse passeio, volto à minha realidade. Abóboras!
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