Postagens

Mostrando postagens de 2019

De Brenna para Você

Meu humor com relação a nós dois está parecendo uma montanha russa daqueles parques da Disney. Nunca fui à Disney, mas imagino que seja assim, altos e baixos, com subidas lentas e quedas de arrepiar.  Há horas em que me sinto bem, e até me distraio com o trabalho. Esqueço por algumas horas de você. Depois me recordo de nós dois, da história que construímos juntos, e fico down down. Também alterno com momentos de raiva, depois vem uma certa maturidade reflexiva, ou uma reflexão madura, sobre as coisas serem como precisam ser, e que começos e finais fazem parte da trajetória da vida. Mas, não é fácil, nada fácil, absorver tudo isso. É tão estranho não poder compartilhar com você sobre as coisas que acontecem comigo... Até parece irreal. Isso, quase como viver em uma dimensão fora do espaço-tempo a que estou habituada. Estranho, irreal, etéreo, atemporal. 

De Brenna para Você

Eu recebi sua mensagem.  Respeitei seu pedido de não respondê-la, mas eu ainda tenho muitas coisas para dizer.  Eu estou te dando o tempo que você pediu. Queria que ainda fôssemos amigos, você é a primeira pessoa em quem penso quando quero compartilhar algo do meu dia a dia. Mas, então, eu lembro de suas palavras naquele dia... Que não construímos nem mesmo uma amizade. Foi quando eu percebi os diferentes pontos de vista que nutríamos com relação ao outro. Essas diferenças que se transformaram em um abismo entre nós, porque não foram ditas, nem esclarecidas, nem equilibradas. Você não recebeu o que eu te dei, não aproveitou os espaços que eu te abri. Isto está simbolizado pela gaveta que eu te dei em meu guarda-roupas, e que quase sempre estava vazia. No fim das contas ficaram muitas coisas suas por aqui. Eu vou te devolver, mas ainda não estou pronta. Sinto-me meio aérea, como se nada disso houvesse acontecido. É só um sonho ruim, uma piada de mau gosto. Sabe, o

Você já disse "eu te amo" hoje?

Quando ela era mais jovem, ainda menina, era tão fácil burlar a timidez e escrever cartas de amor. Ela dizia "te amo" para o vento, para as flores, e todos os "eles" que encantaram seu coração. Mesmo quando as cartas eram rasgadas, ou quando riam de si, mesmo assim... sua boca não calava quando o coração sentia. Dizer era tão natural quanto sentir. Engraçado ( ela nem sabe se é mesmo engraçado) que, quando se cresce, falar sobre essas coisas fica mais complicado, mais difícil. Nem é timidez, nem é ausência do sentir. Vai ficando mais difícil diante da descrença do outro, da não reciprocidade, de ter que provar que o que se sente é de verdade. É de já ter dito tantas vezes quantas foram verdadeiras, e sentir o coração quebrar. É perder aos pouquinhos um pedacinho de inocência e frescor, de dar com alegria e de receber sem temor. É saber que muitos já foram, e se sentir insegura diante do que se vive.  Parece que foi ontem que ela escreveu sua primeira cartin