Até onde eu posso ir?

Nos despedimos de mais um ano, triste para alguns, feliz para outros. Não posso dizer por todos, apenas por mim, e digo que esse ano de 2009 foi de esperanças, surpresas [nem sempre agradáveis], drinks, amigos, chegadas e partidas. Foi tudo o que poderia ter sido, e poderia ter sido bem melhor ou pior, mas fiz minhas escolhas. Em janeiro, viajei com minha irmã para muitas cidades do nosso estado, e amei ter conhecido tantos lugares e pessoas interessantes, além, é claro, de ter estreitado os laços com ela. Em fevereiro, tive um carnaval inusitado, estranho e chato. Sempre detestei carnavais. Gente demais, bêbados demais, piadas demais, escuridão demais [faltou luz em quase todos os dias], drogas demais, garotos estúpidos demais. Parei. Carnaval agora só pra relax. Em março, "pálido e esbranquiçado março", não lembro direito o que fiz. O que fiz? Vivi. Em abril, meu mês preferido. Fico mais velha. Não cheguei ainda à idade de detestar aniversários. Maio. Viagens. Junho. Ah, es

Saboreio em silêncio esse amor que, eu desconfio, não me pertence.

Não sou vegetariana, mas ontem, folheando a revista Vida Simples desse mês (leitura esta que recomendo a todos), encontrei um artigo interessantíssimo que envolve a polêmica do ato de comer ou não carne, que me fez pensar em mudar certos hábitos alimentares. Alguns estudos realizados comprovam que deixar de comer carne pode ajudar a poupar o meio ambiente, já que no processo de digestão das proteínas animais é emitida uma quantidade de gás metano imensa, responsável pelo agravamento do aquecimento global. E, caramba! Comer carne polui mais do que andar de carro. A Sociedade Vegetariana Brasileira uniu-se a outras entidades e criou uma campanha que pode ( e vai!) fazer uma grande diferença: é a "Segunda sem Carne". Uma idéia que incentiva as pessoas a excluir a carne de sua dieta, ao menos uma vez por semana. Então, depois que nos acostumar-mos com um dia sem carne, podemos estendê-lo por dois dias, três dias, quatro dias... Na Grã-Bretanha, o ex-beatle Paul McCartney ajuda a

Dizem que eu falo demais E que ando bebendo demais, Mas ninguém sabe a dor que trago em meu peito, Essa dor que me mata pouco a pouco de saudade de você. Como é triste recordar de um amor que era tão lindo e acabou. Nem mesmo os maiores poetas do mundo seriam capazes de compor uma canção e traduzir como me sinto. Ah, meu querido, porque mentistes para mim? Me dizias que era para sempre, que dessa vez era verdade, que ninguém nunca tomaria o meu lugar. Quem é que sempre me dizia? " você é a única em minha vida, hoje e para sempre" E dizias isso com lágrimas nos olhos! E agora? Agora, enquanto choro, teus lábios beijam outra, Teu corpo aquece outra. E, agora, enquanto sofro, sozinha em meu quarto me recordo do amor que eu tinha e que vi virar a esquina me acenando "adeus!"

Eu tento, embora não tenha certeza se de verdade. Talvez, se eu me esforçasse um pouco mais... Se eu pudesse bloquear esses pensamentos insanos que me golpeiam dia após dia, principalmente à noite, quando descanso a cabeça em meu travesseiro, acreditando que terei sonhos consoladores e tudo o que encontro são os mesmos monstros que me perseguem insistentemente. O que querem de mim? Queria ter a coragem de enfrentá-los, de persuadí-los a me libertarem de suas garras para uma vida feliz. Mas a cada sonho eu fujo cada vez mais rápido para mais longe e eles até parecem fragmentos de minha própria sombra, tão perto permanecem. Já não me escondo. Pela manhã, encontro-me mais cansada que à noite e o ciclo se repete. Um ciclo sem fim [?]

"...Ela vasculhou a memória, apesar da angústia. Sempre doía pensar em Rhett, pensar em perdê-lo, pensar em seu próprio fracasso. A dor diminuía um pouco quando pensava na maneira como ele a tratara, e o ódio dissipava o sofrimento. Na maior parte do tempo, porém, ela conseguia mantê-lo fora de sua mente; era menos perturbador assim. Durante aqueles longos dias, sem nada para fazer, no entanto, sua mente insistia em repassar a vida que tivera, e não podia evitar a lembrança de Rhett. Ela o amara? Devo tê-lo amado, pensou Scarlett, devo amá-lo ainda, ou meu coração não sofreria tanto quando o vejo sorrir em minha mente, quando escuto sua voz. E desejei mais a Rhett depois que ele me deixou. Era tudo confuso demais. Deixava a cabeça doendo, ainda mais do que o coração. Não pensaria a respeito." ["Scarlett" - Alexandra Ripley. A continuação de "...e o vento levou", de Margaret Mitchell]

Meu professor disse que a maioria das pessoas se frustra na vida adulta porque nunca parou para pensar em quem realmente é, no que caminho que está seguindo ou gostaria de seguir. Já eu, me question sobre isso a todo instante. Nunca encontro uma resposta favorável. Um dia saberei? Não quero chegar aos 40 e descobrir que, depois de vários empregos, dois divórcios, 2 filhos adolescentes e complicados, minha opção sexual nunca foi a que eu pensei que fosse. Falando nisso, eu não acredito que aquele garoto é gay. Quero dizer, ele nunca vai olhar pra mim. Vou deixar de passar batom para ir às aulas.

Eu poderia muito bem pegar minhas coisas e seguir em frente, mas isso significaria deixar para trás, de verdade, tudo o que vivi com você. Significa perder a oportunidade de te mostrar que dentre nós dois quem mais amou fui eu. E sempre quis ser uma perfeitinha. Eu sempre tive tudo nas mãos. Tudo. Mas, dessa vez eu queria ser um pouquinho egoísta, um tanto hipócrita, fugir da regra imposta de mim para mim. Queria jogar toda a prudência e paciência para o alto, e o troféu de boazinha no lixo. Eu queria, se pudesse escolher sem ressentimentos, ser a menina má. Mas, meu coração é traiçoeiro e desleal. Nunca segue o caminho que eu escolho, mas estou sempre presa a ele. Não há fiança. A pena é perpétua.

Tenho 90 anos. Não enxergo mais tão bem. Já quase não ando. Muito pouco falo. Raras vezes estou acordada. Meus filhos não me ligam. Meus netos não sentam em meu colo para ouvir histórias. Nem lembro das histórias. Sou invisível para alguns. O que a vida ainda espera de mim? Tenho 19 anos. Não enxergo bem de longe. Estudo. Trabalho. Há mais de um ano tento esquecer alguém. Tenho bons amigos. Leio muitos livros. Faço tantos planos. Sou invisível para alguns. O que a vida espera de mim?

Seria muito bom se, em vez de lastimarmos as pessoas que, a uma primeira vista, parecem-nos uma pedra no caminho, passassemos a agradecer-lhes por nos servirem como ferramentas de aperfeiçoamento. São essas mesmas pessoas que nos instigam o crescimento e a aprendizagem. Elas podem fazer parte de nossos ciclos mais íntimos, como amigos e familiares, ou mesmo estar continuamente presentes em nossos locais de trabalho ou estudo. As relações humanas são deveras complexas, pois estamos nesse plano para a maior das missões: aperfeiçoar nossos relacionamentos. É por isso, então, que a vida nos provoca ardilosamente com tantas situações onde nos defrontamos com pessoas difíceis e incompreensíveis; situações que parecem exigir de nós todo o estoque de paciência, serenidade e paz que possamos arrancar de nosso espírito. Pensemos nisso quando nos defrontarmos com essas pessoas novamente. Pensemos na situação com a consciência de que é o modo que a vida encontrou para nos ensinar a crescer.

"... Bem quando você acha que sabe alguma coisa, você tem que olhar sobre outro prisma. Apesar de parecer bobagem ou errado, tente! Quando você ler, não considere só a opinião do autor. Considere o que você pensa. Você deve encontrar sua própria voz. Quanto mais você esperar para começar, menos chance você tem de encontrar tudo. Thoreau disse: ' A maioria dos homens vive vidas de desespero dormente'. Não se resignem a isso. Fujam! Não caminhem ao abismo como zumbis. Olhem ao seu redor. Atrevam-se a destacar-se e encontrar um novo solo." [Sociedade dos Poetas Mortos]

"Venham, amigos. Não é tarde demais para procurar um novo mundo, pois eu existo para velejar além do pôr-do-sol. Eapesar de hoje não termos a força que nos velhos tempos mexia com a terra e os céus, o que somos, somos. Um temperamento de corações heróicos, enfraquecidos pelo tempo e o destino, mas com grande força de vontade para perseverar, persistir, encontrar e não hesitar." [Alfred Lord Tennyson]

" Todos temos uma grande necessidade de aceitação. Mas você deve acreditar que suas crenças são únicas, são suas, mesmo que outros as achem estranhas, raras. Robert Frost disse: ' Duas estradas divergiam numa floresta e eu peguei a menos andada. Isso fez uma grande diferença.' Espero que encontrem seu próprio andar agora. Seu próprio jeito de andar, caminhar. Em qualquer direção. O que você quiser... com orgulho, ridículo..." [Sociedade dos Poetas Mortos]

" - Mostre-me um coração não afetado por sonhos tolos e mostrarei um homem feliz. - Mas só nos sonhos um homem pode ser livre. Sempre foi assim e sempre será. " " Fui à floresta porque queria viver de verdadee tirar toda a essência da vida. Fazer apodrecer tudo o que não era vida e não, quando eu morrer, descobrir que não vivi." [Sociedade dos Poetas Mortos]

" Não importa o que digam, palavras e idéias podem mudar o mundo. A raça humana está repleta de paixão. E medicina, advocacia, administração e engenharia são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo. Mas a poesia, beleza, romance, amor... é para isso que vivemos." [Sociedade dos Poetas Mortos]

" ... Não são diferentes de vocês, são? Mesmo corte de cabelo, cheios de hormônios como vocês. Invencíveis como vocês. Tudo é maravilhoso. Acham que foram destinados a fazer coisas grandiosas, como muitos de vocês. Os olhos deles estão cheios de esperanças...Como vocês. Eles esperam ser tarde demais para fazer uma parte do que são capazes? Porque, rapazes, esses jovens atualmente estão fertilizando narcisos. Mas, se ouvirem de perto, ouvirão como sussuram o legado deles para vocês. Vamos... Aproximem-se. Ouçam... O que ouvem? 'Carpe'... Conseguem ouvir? 'Carpe Diem'... 'Aproveitem o dia, rapazes. Tornem suas vidas extraordinárias!'. " [ Sociedade dos Poetas Mortos ]

O ser humano conhece muito bem a arte de maquilar suas emoções através da indiferença e do orgulho. Todo homem, em algum momento de sua existência, vendou os próprios olhos e tapou os próprios ouvidos para não ver nem ouvir a sua dor. Sorriem, mas não de verdade. Amam em palavras, pois nem com a mente nem com o coração sentem esse amor. Dizem-se felizes, mas essa felicidade é uma mentira que perseguem dia após dia numa ânsia imatura e louca. São escravos do egoísmo e do preconceito. Assim, caminham lentamente para a própria destruição, acreditando serem ricos quando têm tão pouco.

O tempo não poupa nem mesmo aqueles que são indiferentes à sua passagem. Ele escorre sem tréguas, sem luto, sem brindes. É impermeável, ininterrupto. Não festeja com os que riem. Não chora com o que sofrem.

" La vie est une èternelle connaissance de soi-même"

Essa noite eu sonhei com ele e acordei chorando. É uma pena que eu me lembre com tristeza de um amor que foi tão bonito.

Antes eu não esperava tanto da vida... Por isso, eu era tão mais feliz.

E queria entender porque gosto tanto da chuva... Se ela limpa minha alma também me faz lembrar do que passou. E, de alguma forma, me sinto triste. Tudo o que quero é não me sentir assim. Mas a chuva me encanta.

" Deus, põe teu olho amoroso sobre todos os que já tiveram um amor sem nojo nem medo, e de alguma forma insana esperam a volta dele: que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem... Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando, Deus, derrama Teu sol mais luminoso. " [ Caio Fernando Abreu ]

E ontem eu chorei. O que move a minha vida é a busca incessante por amor. Pedi a Deus Paciência para esperá-lo. Paz, para não enlouquecer na espera. Fortaleza, para me manter em pé nos vários erros até achá-lo. Certa vez, vi em algum lugar uma frase muito bonita: "Há algo de bom esperando que eu esteja pronta para recebê-lo".Ela me tocou profundamente e, sempre que me sinto desesperar quando falho, quando retorno ao passado, quando penso que está tudo perdido, ela me vem à mente e me acalmo. Então, é isso aí.Tem alguém que talvez esteja me procurando e esperando impaciente enquanto janta sozinho aos domingos, sentado no sofá, vendo filmes antigos só pra passar o tempo que não passa.Talvez ele até tenha alguém, mas sabe que não é ela.Talvez seja sozinho como eu, mesmo.E até esteja acostumado com essa solidão, como eu. E, enquanta chorava, eu pensava que quando o encontrasse, o abraçaria muito forte e sussurraria ao seu ouvido: "Senti saudade!". Sim, eu senti saudade

Meu vício agora, não compreendo, é a lentidão dos ponteiros do relógio.Anseio que o tempo passe d...e...v...a...g...a...r...ou nem mesmo passe. Há um medo do futuro surgindo em meu peito. Um medo do invisível, do que eu não posso controlar. Sim, quero que o tempo páre para que eu não veja aqueles que amo envelhecendo e... partindo. E tenho medo de crescer e esquecer quem sou. Medo de olhar pra trás e esquecer quem fui. Medo de olhar pra frente.... De quem serei.

É possível que em algum momento eu encontre novamente o amor que um dia perdi. Sim, é possível.Não sou de todo pessimista, acredito que haja ainda esperanças para mim. Se já tive um amor que acreditei ser eterno poderei amar novamente, mesmo apesar desses desencontros.E são esses mesmos desencontros que formam a vida. Quem disse que viver é fácil?É, antes de tudo, uma jornada que é, por vezes, demais árdua, mas que pode ser abrandada pela presença constante de amigos e amores.Viver é como caminhar por sobre um caminho tortuoso, repleto de altos e baixos, onde sempre que se está embaixo não se visualiza o caminho à frente, o mesmo não acontecendo para quem se encontra na elevação, que goza de contemplativa paisagem.E que incrível!Apesar dos dissabores, cada parte trilhada é indispensável para se chegar ao destino.Afinal, não se pode caminhar sem se dar o primeiro passo, e este pode tanto ser bem sucedido quanto não. No momento, me sinto em meio a um aclínio acentuado, cuja subida me cus

Rochas do tamanho de prédios de 12 andares formam um dos mais exóticos e magníficos lugares do planeta, na cidade de Shi-lin, província de Yunnan. Uma caminhada em meio a essa obra de arte natural, que se estende por uma área de 350 quilômetros quadrados, deixa o visitante com a impressão de estar explorando uma floresta petrificada. Os nomes usados para batizar algumas cenas falam de rinocerontes, cogumelos e búfalos, o que reforça ainda mais esse sentimento. Fósseis e conchas encontrados nessas paredes revelam que estiveram cobertas pelo mar há 270 milhões de anos. A diminuição do nível da água, o vento e a chuva corroeram o maciço rochoso e geraram figuras especiais. Rochas que disputam entre si um lugar ao sol. Distantes dos centros mais populosos da China, as províncias de Guangxi e Yunnan são povoadas por minorias étnicas. O povo Chuang é uma delas. Vivem em planícies e nos vales dos rios. Cultivam arrozais em terraços cuidadosamente preparados pela mão humana. Quando vistos de c

A beleza da Índia está nas pessoas e não na arquitetura. Homens andam abraçados e as mulheres caminham em grupos, mesmo as mais pobres parecem rainhas, vestidas de seda e prata. As pessoas se ornam e se pintam. Quando se cumprimentam, cruzam as mãos na frente do peito: “Meu deus interior saúda seu deus interior”. Há pureza e ingenuidade, mas também malandragem e tradição suspensas na poeira dos dias abafados. Na civilização mais antiga do mundo, o passado vive no presente. Índia Onde a ilusão é realidade Abundância de pessoas, riquixás, motos, macacos, barulhos, deuses, festas, vacas, brilhos. Na Índia tudo está no plural. Nada é subtraído, e sim somado. O exagero transborda nas construções e templos ornados, nas cores dos saris, nos cheiros das ruas, nos trens apinhados de gente, nas músicas estridentes, nos condimentos que ardem as línguas, nos musicais de Bollywood. Como pode um país tão extrovertido ao mesmo tempo exalar espiritualidade? [Curiosidade da Revista Vida Simples ]

Redwoods As maiores árvores do mundo A estreita faixa costeira entre o sul do Oregon e a Califórnia central é uma terra de superlativos: os maiores incêndios do mundo, tempestades furiosas, madeireiras vorazes, ambientalistas radicais e as maiores árvores do planeta. As redwoods, ou sequoias, têm o tamanho de um prédio de 30 andares e são elos vivos com a pré-história. Crescem de uma semente tão pequena quanto a do tomate e vivem até 2 mil anos. São, portanto, testemunhas das inúmeras transformações do planeta e das civilizações. [Curiosidade da Revista Vida Simples ]

" Recomeçar é começar de novo. É jogar fora, destruir, remover tudo que não foi bom, que não valeu a pena, que foi feito errado, e com o que sobrou, reconstruir. É fazer novas paredes, no lugar daquelas que os erros encheram de buracos e rachaduras. Até as mais pequenas imperfeições no reboco tem que ser removidas, para que as novas estruturas possam ser sólidas. Para recomeçar, é preciso ter em mente que tudo que é bom deve ser refeito, revivido. Portas de liberdade, janelas de confiança, assentadas sobre tijolos de verdade e justiça. No teto, uma laje de carinho e perdão, para que possamos ficar ao abrigo das tempestades que a vida fatalmente traz. No chão, um piso seguro e sólido, feito de companheirismo e compromisso, será a base para caminhar de mãos dadas. Nada de querer aproveitar uma meia bancada, ou uma pintura esmaecida. Afinal, com a vida não se pode brincar. Lembrando apenas dos momentos em que os olhos falaram mais que as palavras, é preciso tomar o outro pela mão