"...Ela vasculhou a memória, apesar da angústia. Sempre doía pensar em Rhett, pensar em perdê-lo, pensar em seu próprio fracasso. A dor diminuía um pouco quando pensava na maneira como ele a tratara, e o ódio dissipava o sofrimento. Na maior parte do tempo, porém, ela conseguia mantê-lo fora de sua mente; era menos perturbador assim.
Durante aqueles longos dias, sem nada para fazer, no entanto, sua mente insistia em repassar a vida que tivera, e não podia evitar a lembrança de Rhett.
Ela o amara?
Devo tê-lo amado, pensou Scarlett, devo amá-lo ainda, ou meu coração não sofreria tanto quando o vejo sorrir em minha mente, quando escuto sua voz.
E desejei mais a Rhett depois que ele me deixou.
Era tudo confuso demais. Deixava a cabeça doendo, ainda mais do que o coração. Não pensaria a respeito."


["Scarlett" - Alexandra Ripley. A continuação de "...e o vento levou", de Margaret Mitchell]

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