Sou tempestade, sou calmaria.

facebook.com/Vida Liquida 


Sou
Egoísta
Invejosa
Orgulhosa
Sou tempestade

Sou
Gentil
Calma
Paciente
Sou calmaria

Naquela tarde, tentei escrever, mas apenas lágrimas caíram. Eu me vi e fiquei assim, sem entender. Sem compreender minhas fraquezas, sem aceitá-las. Se não posso compreendê-las como parte do que sou, me torno menos humana, sem me permitir sentir o que sinto, pensar o que penso, agir como eu ajo.
Se não posso concordar com as minhas fortalezas, elas perderão sua capacidade de proteção e crescimento, embora permaneçam presentes, incubadas no íntimo do ser.
Quando o amor transforma a pedra bruta em beleza, há beleza no próprio ato, singelo e duradouro, e a dor que se sente passa a ser a maior riqueza. Há tesouros que permanecem esquecidos, a fim de que sejam descobertos com mais prazer e no momento propício à valorização. E há pessoas que se escondem de si mesmas, com medo da transformação.
Ser calmaria, ser tempestade... são apenas jeitos de ser de um mesmo ser que sou. Os caminhos não são excludentes, mas se complementam, como os verbos mais antigos desde que o sol e a lua passaram a coexistir em um mesmo dia. Eu amanheço e anoiteço. Mas, porque a noite tem que ser hospedeira de lendas devoradoras e o dia, vigoroso e esplendoroso? Não podem ser dotados de igual beleza? Que eu seja noite, ou que eu seja dia, e que eu possa ser igualmente desejada e amada, e que não haja medo nem a necessidade de se esconder, porque eu sou eu.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A grandeza do ser [16]

Grupo de estudo sobre Autismo