É a estrela deles que brilha no céu.


 
Imagina deixar para trás as coisas mais importantes para você: sua casa, seus amigos, seu animal de estimação, sua liberdade...E com apenas poucas roupas e um diário, esconder-se do mundo num compartimento secreto de uma loja. Não poder falar alto, nem ir ao banheiro quando quiser, nem comer o que quiser... não poder fazer qualquer tipo de barulho, nem acender luzes, ou abrir a janela e respirar ar puro. Quanto tempo você suportaria? Algumas horas? Um dia?  Anne Frank, sua família e mais alguns amigos suportaram durante cerca de 3 anos, com a ajuda de outros amigos não judeus, que corriam grande risco de serem capturados e levados para os campos de concentração.

O diário deixado contava apenas a história daquelas 8 pessoas, mas refletia o que foi a vida de mais de 6 milhões de judeus durante a 2ª Guerra Mundial. Terror, dia após dia, sem saber se veriam um novo amanhecer.

E mesmo hoje, não se sabe o número exato de mortos. Nem o porquê. Embora muitos estudiosos se disponham a estudar a mente de Hitler, jamais saberão a razão verdadeira por trás da decisão de exterminar milhões de pessoas. Ou o motivo que levou outros tantos milhares de soldados a cumprirem suas ordens cegamente. E por mais que busquem repostas, nenhuma delas satisfará as dúvidas dos corações que não compreendem o porquê das guerras, dos genocídios, dos assassinatos. Nenhuma resposta consolará o coração de Otto Frank, pai de Anne, único dos 8 que sobreviveu, e foi libertado em 1945, literalmente para contar a história, falecendo apenas em 1980.  Como foi para esse homem viver, sabendo que sua família e amigos morreram nos campos de concentração? E para todos os outros que perderam tudo, mas sobreviveram para reconstruir sua história?

Há muitos filmes e livros que, por mais que mostrem a realidade que foi aquela época, não conseguirão passar todo o sentimento e os pensamentos dos que sofreram na pele a dor da privação, do medo, do desprezo. Definitivamente, nós não sabemos. Se soubéssemos, teríamos aprendido a lição e não haveria mais qualquer ponto de conflito no mundo. Estamos em pleno século 21 e ainda há conflitos armados em diversos países. Ainda há um longo caminho de evolução a percorrer.



Sobre o tema, recomendo:



"Ao nascer era Léa Bleiman. Perseguida pelos nazistas, durante a Segunda Guerra, transformou-se em Alicja Zofja Nuzsy. Ao se casar, tornou-se Léa Mamber. Léa renasceu duas vezes por mãos diferentes. A primeira, pelas mãos da mãe, no trem da morte. A segunda, pelas mãos de uma velha desconhecida, ao lhe entregar a carteira de identidade da polonesa Alicja Zofja. O salto para a vida: trajetória verídica de Léa, da Galícia polonesa ao Brasil, onde reconstruiu sua vida. História de uma mulher perseverante e grata à vida."



Anne no Nikki.







"DIZEM QUE OS SERES HUMANOS SÃO MAIS FORTES QUE O AÇO. CONCORDO COM ISSO. EU, QUE PASSEI POR TUDO ISSO, QUE DEIXEI MINHA MÃE NO TREM, SUPEREI E VIVI. É, DEUS SÓ MANDA A DESGRAÇA QUE SE CONSEGUE AGUENTAR." [Léa Mamber, 1918 - 1993]

Comentários

Bre, explicação deve ter, mas não justifica o que foi feito. Não sou o tipo de pessoa que quarda raiva, mas agradeço de nunca ter a chance ter conhecido quem fez parte de 1 e da 2 Gerra Mundial, eu os teria matado.

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