A famosa fotografia da Terra tirada pelos astronautas da Apollo 17, na última viagem dos seres humanos à lua. "Ela se tornou uma espécie de ícone da nossa era. Ali está a Antártida, que norte-americanos e europeus consideram a parte extrema da Terra, e toda a África estirando-se acima dela: vemos a Etiópia, a Tanzânia e o Quênia, onde viveram os primeiros seres humanos. No alto, à direita, estão a Arábia Saudita e o que os europeus chamam de Oriente Médio. Mal e mal espiando no topo, está o Mar Mediterrâneo, ao redor do qual surgiu uma parte tão grande de civilização global. Podemos distinguir o azul do oceano, o amarelo-ocre do Saara e do deserto árabe, o castanho-esverdeado da floresta e dos prados. Não há, entretanto, sinal de seres humanos na fotografia, nem de nossa reelaboração da superfície da Terra, nem de nossas máquinas, nem de nós mesmos: somos demasiado pequenos e nossa política é demasiado fraca para sermos vistos por uma nave espacial entre a Terra e Lua. Desse ponto...
Comentários
Sim de fato restara o vazio, mas qual seria a diferença entre a auto-ilusão e a loucura, se o se livrar do sofrimento causado pela incerteza se impondo um sofrimento certo, que é o sacrificio inutil em nome de uma bondade esquizoide?
Ao caminhar pelo mundo sem direções, prefiro apenas apontar para um lado qualquer, por um motivo qualquer, e simplesmente caminhar tomando as minhas escolhas, formando conceitos, experimentando erros a ter que repetir desastradamente o caminho alheio, que de meu não tem nada.
Não ter um caminho ja traçado não significa que não exista nenhum outro caminho, a estagnação é uma responsabilidade daquele que ainda não se encontrou e busca a solução na vontade dos outros, é escolher parar de escolher.
Não consigo imaginar nada mais cruel de que uma vida fundada em comparações e exemplos de figuras "a serem seguidas", não ser o que se é, mas dever ser aquilo que se tem que ser, é algo quase fatalista.